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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Lamento

Sou Ofélia enlouquecendo
Cantando melancólicas melodias
De mãos dadas com o suicídio
O que não morre o tempo todo?

Olhem a cara sufocada da esperança
Sucumbi tão jovem em pleno verdor
Venha! Diretamente em meus olhos
Reparei bem a flama extinguir-se!

A Natureza me fez homem contristado
E de onde provém este torpor, esta áurea
Pálida? Este gosto acre no meu paladar!

Ó Ofélia! Corpo no lodo
A incipiente loucura atingi a lucidez
Tu queres amar, mas o amor longe está!

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