Pra quê sirvo se vivo nesta lama?
Nódoa fétida, cuspe de chagas!
Estúpidas reentrâncias que disforme
Que horror meu corpo a quem seduz?
Sou nada! Sou puto encarcerado na angústia
Diva dos mais horrendos desprazeres
Que carcomem meu Ser em plena lucidez
Meu paladar é um salivar de raivas clínicas!
Invivo nesta merda! Malsã está o pensamento
Desse Ser ignoto repelido em sua essência
Sou um vício de tristezas patológicas!
Alegrai-vos, dizem! E vos digo amigos:
Infecundo, estéria é a alegria em mim,
Sou tão improfícuo e tão perto do suicídio!
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