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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Zine La EScada


 LA ESCADA - Zine Escada Rolante 03 e meio. Este zine é (exclusivo). A cópia que eu ganhei é de número 13 de 21. Sim só foram lancadas 21 cópias! 
    O zine é bem econômico e experimental, com qualidade exorbitante. Só pra ter uma ideia, olha a foto aí em cima (tá vendo essa sanfona ?) pois é!; O zine também contém um *ESTÊNCIL do PC Siqueira muitíssimo bem elaborado; Uma página com informações sobre os parasitas do corpo (Verminoses).
    E junto com o Escada Rolante 03 e meio veio também, um  zine com poema ilustrado Por Alline Leal. Junção perfeita de palavras e imagens!
                
                        Que tal visitar o blog - Laescada.blogspot.com 
            

  * Um estêncil (do inglês stencil) é uma técnica usada para aplicar um desenho ou ilustração que pode representar um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem figurativa ou abstrata, através da aplicação de tinta, aerossol ou não, através do corte ou perfuração em papel ou acetato. Resultando em uma prancha com o preenchimento do desenho vazado por onde passará a tinta. O estêncil obtido é usado para imprimir imagens sobre inúmeras superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa. (fonte: Wikipédia)
  

Zines ARLEQUIM

Chegou direto do mundo Underground, os zines "ARLEQUIM". Zine elaborado por Roberto Hollanda. Acreditem! Esse menino sabe desenhar e o faz de uma forma realmente incrível. Um quadrinista nato, Roberto Hollanda,  abordo no zine a possibilidade do mundo fantástico, e isso tudo, com um humor ácido e bem humorado. A sensação que me bateu ao folhear as páginas de ARLEQUIM: " Existem mentes criativas capazes de nos capturar e nos transportar  para mundos fantásticos, onde muitas das suas fantasias, estão lado a lado com o real."
    Zine ARLEQUIM - Fase dois (especial) / Março de 2011
    Zine ARLEQUIM - Número 21 / Outubro de 2012
    OBS: ARLEQUIM é uma série de quadrinhos que conta a história do mundo chamado "Reino das águas claras ".
                      Alerquimhc@yahoo.com.br
                            
                         Adquira o seu já! Preço super acessível e arte de qualidade.             

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Arte de Hae (Marcone)

A Arte de Hae. Eis aqui uma pequena, porém sincera definição pelo o próprio:  

"Haendel "Hae" Marcone, Graffiteiro, artista plastico e skatista, minha maior influencia é a arte de rua (street art) gosto de mesclar todas as tecnicas possiveis para criar." acesse o link para conhecer melhor os trabalhos do brother *HAE*.
   Além do graffiti e Skate, Hae também encontra  na Fotografia sua forma de se expressar. Atualmente mantém um forte portfólio no Site 500px.com/haemarc. clique nos links e confiram a Arte desse brother, que busca cada vez mais o aperfeiçoamento no que faz. 

        "A finalidade da arte é, simplesmente, criar um estudo da alma."
                                                                                          (Oscar Wilde)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Zines FALAFel...

Zine FALAFEl #1 - Zine bem produzido. Formato 15cm x 21cm. Uma coisa que devo destacar neste zine e que me impressionou bastante é o seu estilo bilingüe e também os desenhos com seus significados psicológicos. A capa também me surpreendeu bastante (transmite uma visão familiar). Diagramação perfeita. Resumindo, um trabalho bem organizado e feito com carinho. deixarei aqui os links dos participantes deste zine como contato:
Eng Gee Fan : Minifanfan.com         
                         minifanfan@gmail.com
    
                           laramim@gmail.com 

                                marimoysesbinder@gmail.com

Zine FALAFEL 1 e 1/2 - Zine coletivo com participações de 17 ARTISTAS. Outro zine de refinada qualidade. A capa é resistente e seu aspecto gráfico é altíssimo. Formato (pocket). Gostaria de citar o meu amigo Roberto hollanda que  participa desta edição. Os demais eu ainda não tenho contato, mas são todos amigos também... Opa, é isso! conheça, compartilhe e faça parte da vida destes ARTISTAS.        
     Mais uma palavra: Também ganhei de brinde dois adesivos( me parece semente de feijões) e já plantei no meu guarda - roupa.  

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Zines Mizz Libido e Mono

Zines Mizz Libido e Mono enviados por LooDevil. O Zine Mizz Libido #02 contém Quadrinhos, resenhas e entrevistas com as bandas Big Nitrons, e Os Carburadores. E também uma resenha  sobre moda, no caso: Fernando Cozendey
           Zine Mono - Zine com desenhos e colagens. Mono zine n° 36 - desde de 1997. Feito em jun/jul de 2010. Ilustrações internet ; Loo Devil; Lupin; Meko; Zé colmeia Rude. Contatos: smartalexster@gmail.com. Entrem em contato e peça o seu por um preço acessível.  
  

Zines recebidos no encontro RIO+ZINE

Até que enfim!! Finalmente estou fazendo essa resenha, pois estes zines recebi no dia 14/07/12 no encontro RIO+ZINE... ( não só estes...). Vamos então ao que interessa!
   Coletivo Zine - Como o próprio título já diz é um zine coletivo abrigando em teu seio participações diversas. A capa foi elaborada por Jackson Abacatu (ilustrador, Formado em cinema da animação na Escola de Belas Artes da UFMG, construtor de instrumentos musicais experimentais) só um resumo. O zine tem quadrinhos, poesia e prosa e muita, mais muita informação. Quero citar entre tantas três  personas que participam do zine: Diego El khouri, Ivan Silva e Wagner T. (Autor). Uma frase que tem no editorial do zine me chamou a atenção: "Um zine pode ser eterno. Deve ser."      
       Janela Poderosa - zine elaborado por Ric Ramos. Este é a 12° zine (formato folder). O zine tem ilustrações de Ric e colagens. O tema é "Olhar - Linguagem silenciosa". Esta 12° contou com a participação importantissíma de André Diniz ( Roterista e desenhista carioca de quadrinhos). Saiba mais sobre André acessando: Nona Arte.  
           Águas Cômica - Zine eleborado por Roberto Hollanda. O zine é sobre quadrinhos dele e amigos: Lupin, Adriana Seiffert, Cecilia Moraes... também tem colagens. O zine é bilingue. É isso! (Entre nos links passando o mouse por cima dos nomes)... custa nada avisar, né?   

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Artistas do Underground #1 (zine)

Saiu finalmente o zine "Artistas do Underground" contendo 16 ilustrações, 4 de cada participantes  Matheus Quinan, Jajá Félix, David Beat e Hae (Marcone). Capa elaborada por Matheus Quinan e foto selecionada por DAvid Beat. Em formato pocket (bolso). entre em contato pelo E-mail: pennybeat@gmail.com  e peça o seu... por um valor super acessível. 
   O meu objetivo é reunir cada vez mais Artistas no zine... quem sabe no próximo você possa participar? Que tal apoiar ? Obrigado e meu e-mail estará aberto...      

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dez perguntas para Thina Curtis

    Eis aqui dez perguntas descompromissadas pra Thina Curtis. Thina é entre muitas coisas: poetisa, agitadora cultural, ativista, arte-educadora tem um fanzine de nome Spellwork e outro de nome Closer. Também é organizadora do FANZINADA.


DAvid B.: Por que Thina Curtis? 

Thina C: Tina era meu apelido na infância,devido a personagem do Mauricio de Sousa, na adolescência acrescentei o H qdo escrevia meus poemas, e devido minha paixão pelo Joy Division muita gente me chamava carinhosamente de Curtis, acabei juntando os 2 rs...
Acho que deu tão certo que hoje em dia praticamente ninguém me chama pelo meu nome!

 David B:  O que acha da atual literatura? Tem coisas boas? 

Thina C: AH! Literatura é essencial na vida do ser humano! Há um déficit no Brasil em questão do consumo literário, nas escolas também a falta de valorização das leituras  mais atuais, como por exemplo eu acho que naqueles bairros que existem poetas escritores artistas da região deveria ser necessário conhecer essas pessoas e valorizarem, potencializarem até para se tornarem multiplicadores de cultura, as pessoas precisam criar o hábito de ler mais, ler por prazer e também existe a questão que os livros também deveriam ser mais baratos, hoje em dia você até consegue encontrar coisas legais com preços mais acessíveis. Com certeza temos muita coisa boa acontecendo e surgindo.O circuito independente no Brasil cresceu bastante o que é muito bom!

 DAvid B: Em quais projetos está envolvida no momento? 
 Thina C: No meu trabalho de corpo e alma (rs)sou arte educadora,  na educação dos meus filhos, no ativismo em prol dos fanzines e da arte educação e um pouco na cena cultural independente.
Colaboro fazendo resenhas para o site Impulso HQ, recentemente me tornei colunista do site MeuHerói, também escrevo para o site Midiativa (sobre fanzines).

 DAvid B: Os zines tem crescido bastante, seria isso uma prova de que o "underground" tem vez?

 Thina C: Olha eu não sei o quanto eles tem crescido, porque para mim ele nunca parou.
Sempre esteve lá, de repente com este acesso fácil as redes sociais temos mais conhecimento, o que é muito saudável.
Underground ter vez é uma utopia longínqua, vejo que agora ele se tornou mais forte,
 mais maduro, mais condescendente.
E creio que de repente a graça do underground é essa mesma a iminência com as pessoas
Aquela que você é ator e autor entende?O lado ruim é que muitas vezes a dificuldade financeira extrapola, outros obstáculos aparecem e só quem rala no underground para saber o que é sobreviver disso!

 DAvid B: Quais são suas influências? existe uma em especial?
Thina C: Hum, são tantas e tantas mesmo!!!
Igualmente amo literatura e a poesia,e quando se fala em influências são tantas coisas!
Uma música, uma hq,uma peça teatral, um filme, uma revolta qdo vejo uma criança na rua abandonada por exemplo.A injustiça social e racial que vivemos diariamente.
Gosto muito de me espelhar nas grandes mulheres da história me identifico muito com elas.
A mulher sofre muito,tem que ser guerreira, mesmo hoje em dia o machismo é um preconceito velado pela sociedade, passo isso na pele as vezes e dói muito.

 David B: A tecnologia tem se desenvolvido cada vez mais, a informação é bem acessada e mesmo assim vemos uma deficiência na educação. Fale a respeito.


Thina C: O PROBLEMA É A FORMA E PARA QUE AS PESSOAS USAM ESTAS FERRAMENTAS NÃO?
A maioria usa mesmo para ficar batendo papo nas redes...
Porém muita gente usa de forma muito bacana eficaz, de forma combativa, ativa e aproveitam pra que estas ferramentas possam incentivar a criatividade, a produção cada vez mais independente, levando as outras  pessoas que se interessam a também contribuírem como essas  pessoas que se mobilizam articulam a fim de se “fazer você mesmo” trazerem um contexto,um estilo de vida fazer a diferença e o ensino-aprendizagem para os que vem chegando. As pessoas ainda não aprenderam o poder que tem nas mãos!

 David B: O que é "expressar-se" pra você?

Thina C: É se manifestar! Não calar! Existe formas e formas de expressão.
Eu acredito na expressão de opiniões , no ponto de vista, de fazer valer seus direitos.
Afinal vivemos uma dita “democracia”até a página 2 diga –se de passagem né....
O legal de se expressar através dos fanzines é que você fala e faz o que da na telha, quem faz sua mídia é você! E faz sentido porque para maioria das pessoas se expor diante de um grupo que pode julgar suas atitudes, comportamento e idéias é muito difícilEu por exemplo odeio, tenho pavor de falar em público em compensação adoro escrever!é isso! A expressão quem faz é você! Por outro lado eu luto e faço o que acredito e não me importo muito com o que pensam as outras pessoas. São as atitudes e não as formas que determinam a capacidade de uma pessoa se expressar.
  
Porém acho que vc tem que correr atrás de informações, direitos,leis com certeza tem que estar armado até os dentes rs...O poder da mídia é  maior do que se imagina!
O que não acontece por exemplo nas grandes mídias e na sociedade em geral existem limites ditos normais para você se expressar que são impostos principalmente pela igreja e pelos que estão no poder então todos acabamos tendo uma forma “democrática e saudável” de se expressar...
Aí eu pergunto para que então democracia direitos e deveres né?
Minhas formas de expressar por exemplo são: através dos meus poemas, dos meus fanzines, das atividades sócios culturais na qual participo.
 E através do meu trabalho como arte educadora sou querendo ou não formadora e provocadora de opiniões. Nossa! Acho que me expressei demais rs!


 David B: A Arte ainda é um meio viável de comunicação ou mero enfeite de egos?

 Thina C: Eu sou daquelas pessoas que não acreditam na arte só pela arte.
Gosto de ver exposições, ir a museus (bom minha irmã é museóloga) rs...
Mais acredito na arte engajada, na arte militante, na Arte sentida, na arte vivida, faço arte por necessidade!
A arte tem que se comunicar, se relacionar ter identidade, de estilo próprio.
Afinal a arte brota de sentimentos, valores.
Não quer dizer que você não deva se aperfeiçoar, entender...
Mas creio que a graça da arte é a sensação que ela traz para quem esta ali interagindo.
Quem nunca por exemplo sentiu vontade de chorar de repente ao escutar uma música,
Ao assistir um filme ao ler um livro...
O Caravaggio, por exemplo, nossa! Quando fui a exposição senti uma vontade de chorar não sei porque, mas na verdade o artista deixou ali registrado nas suas pinturas algo tão real tão intenso que a impressão que da é que você esta dentro do quadro vivendo aquilo...
Agora as pessoas que usam a Arte somente para o próprio ego são dignas de pena.
Creio que o verdadeiro artista é desprendido destes valores egoístas ele opta por
“Algo que seja relevante para a compreensão comum não somente da apreciação solitária do próprio umbigo”

 DAvid B: Você é uma pessoa bem cultural e envolvida na "Cena" o verdadeiro espírito "Do it yourself". O que te impulsiona?

 Thina C: Na verdade em vários momentos já estive um pouco distante por me sentir pressionada, talvez insegura pq a partir do momento que vc esta ali fazendo algo vc é notado de uma forma ou de outra, muitas vezes isso incomoda as pessoas que falam mal de suas atitudes formas de pensar, me senti infeliz em alguns momentos por ver e presenciar coisas erradas como as de ego rs, mas hoje estou mais tranqüila, acho que a maturidade e a experiência me trouxeram uma certa serenidade.Não quer dizer que sou boba, sou pacata mas também não sou do tipo de engolir sapos, rs
O que me impulsiona é não deixar de fazer as coisas que tenho vontade. Tudo que sou hoje vem das coisas que vivenciei, posso dizer que minha escola foi essa de fazer arte com gente arteira, que realmente coloca a mão na massa, rs...
É tentar fazer algo que valha a pena.
É ver tanta gente boa fazendo algo por aí também e muitas vezes só falta mesmo um apoio para dar um passo inicial....
É uma nova banda na garagem se iniciando, um novo muro sendo grafitado, um poema surgindo do nada enfim são tantas emoções rs...
Para mim é um amor incondicional.
Uma frase  do Goethe resume tudo:

Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte.

 David B: E pra terminar:  Hoje é melhor do que antes, o futuro promete.
    
Thina C:  Bom, sigamos todos em evolução caminhando para o futuro!!!
 A vida esta ai para ser vivida, para que perder tempo não é mesmo?
Obrigada pelo espaço David!!!!

                      Thina, eu que agradeço sua sagacidade e simpatia! O prazer é eternamente meu. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O caos em mim

De olhos fechados e ainda vejo
O caos dentro de mim sorrir
Como quem pede mais uma dose
Já até deixei de tentar entender

Apenas prossigo num delírio
É tantas horas da madrugada
Lembranças me atacam o tempo todo
Já nem consigo sorrir como antes

Estive me prostituindo
Com a insanidade que me grita do abismo
Não é apenas um sonho, Ícaro sem asas!

Morrendo afogado dentro de mim
Vejo uma luz que não virá
Fico sozinho, largado e vazio...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Zines CAma surta, Brenfa, Flato, Vertigem...

Nossa! Quantos zines!... chegou pra mim essas maravilhas do mundo underground (acredite estou muito contento por isso). Sempre gostei de Arte marginal e estes zines estão recheados. Falar de cada um é complicado pois eu teria que me estender muito devido ao vasto material, por isso, farei uma pequena descrição de cada um.
     ZineCama surta  de Diego Elkhouri. O zine tem alta linguagem marginal e é elaborado de forma bem livre sem se preocupar com a organização dos textos ( o que permite ao leitor fazer uma gama de leitura de formas variadas) a diagramação é a própria folha do zine. Diego Elkhouri é entre outras coisas: Artista plástico, poeta, agitador cultural. Suas poesias são de um tom ácido aqui o blog: Molholivre.blogspot.com.br   
     Zine - Brenfa. Zine elaborado por Ivan Silva e Diego Elkhouri. Seguindo a mesma linhagem do Cama Surta com Quadrinhos, poesias, entrevistas e mais linguagem marginal. acesse o blog: Atunalgun.blogspot.com.br (Ivan Silva).
      Zine - Flato. Elaborado por Ivan Silva com poesias do mesmo e de amigos , prosa, quadrinho e alguns blogs bem legais. Pra saber mais ver blog do Ivan Silva da resenha acima. 
       Zine - Vertigem. Uma pequena descrição que está no zine: " O zine Vertigem surgiu em meio a uma bela roda de amigos, depois de horas proseando sobre filmes, escritores, bandas e pornografia, surgiu a ideia de produzir esta primeira edição." Bom, isso já diz tudo. Autores do Zine: Dangelo Martins, Diego Elkhouri, Jorginho A. Rocha e Ederson da Silva. É isso ai! Fique por dentro acessando os blogs ou até mesmo adicionado estes Brothers como contado no facebook. Até!
        
  

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Artesanato


Faço de minhas palavras
Ruidos do tédio que consome
Exponho as palavas sem enfeites
Exponho a dor que grita

Faço de minhas palavras
O canto silente da angústia
Bebo a noite tenebrosa de Augusto
E sinto na pele meus fantasmas

O passado me enforca
O presente que me brutaliza
E o futuro, se existe é incerto!

Faço de minhas palavras
Apenas faço dessas palavras
Um artesanato, outro poema?

terça-feira, 31 de julho de 2012

Zines... Silhueta, laputoema, ameopoema

E lá tava eu nas minhas andanças pelo Rio de Janeiro e como sempre bem ali nas calçadas da Biblioteca Nacional encontro Rômulo Ferreira e como sempre não podia faltar em sua bagagem alguns zines... Então vamos lá! 
    Zine: Ameopoema Delí-Rio de Janeiro, julho de 2012 - 19° edição - Ano II. Zine em formato folder contendo poesias de colaboradores. Responsáveis pelo zine: Rômulo Ferreira, Bárbara Barroso, Thiago de Carvalho, Nelson Neto, Glauber Lauria. Contato pelo blog: http://www.romulopherreira.blogspot.com.br/ 
      Zine: Silhueta elaborado por Rômulo Ferreira, este zine está em atividade desde 2005 e está em sua 57° edição ano VII. Contém ilustrações e poesias do autor. Um detalhe: o zine é feito com aquelas máquinas de datilografia antigas e a capa é de papel reciclável... visite seu blog citado na resenha acima.
        Zine: LAPUTOEma - Como é difícil ser livre. Elaboado por Nanû da Silva, contendo poesias vicerais do autor. Zine bem econômico de formato (panfleto) com apenas uma página frente e verso. Nanû é um poeta de linha marginal confiram seu blog: http://www.ovaticano24x7.blogspot.com.br/          

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Zine "contracultura"

Já faz um tempo que estou pra fazer essa resenha... Eis aqui um zine de nome "Contracultura" elaborado por Alan (click p/ face). Com um dose de esperança logo na capa: "Eu ainda acredito... Em um mundo melhor." O zine fala da questão da liberdade nessa sociedade cada vez mais presa, seja pelo violência do Estado, empresas, capitalismo. O autor expõe sua visão para uma sociedade libertária... Utopia? Alguns dizem que sim, mas e por quê não? Se Utopia for lutar por algo melhor: Viva  a Utopia Libertária!
   Ah! Já ia me esquecendo: o zine é todo feito a caneta, tem colagens e o autor não liga de expor os erros gramaticais, o que não impede de você entender. Por ser o primeiro zine , tá em fase de amadurecimento... Bom isso não importa! Do it yourself... Essa é a verdade.
Contato: E-mail: Alanhc_21@hotmail.com             

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Thina Curtis (zines)

                    
Olá todos que visitam este blog, sejam sempre bem-vindos. OK. Hoje quero lhes falar destes três zines de Thina Curtis uma persona do meio underground cheia de cultura e sempre  pronta para mais uma atividade envolvendo arte... Devido meu recente contato com a autora dos zines aqui comentados, não poderei me estender muito. Bom, os zines Spell Work #08 e #09 abordam assuntos diversos entre os quais: entrevistas com bandas do meio underground e com personas envolvidas com artes, resenhas, poesia e muitas informações e links pra matar a curiosidade dos  assuntos abordados. Já o zine de nome"Closer" traz poesias da autora com ilustrações feitas por vários artistas. Resumindo um trabalho lindo, feito com muita dedicação e sinceridade. Então... o que sempre peço: compartilhem! Entrem em contato. Segue uns versos da poesia "Lamentos II" : "Noite fria e calada/ Neblina gélida em minha face/ Num canto escuro contemplo a ti/ Minha companheira de vida..."       


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Projeção

Por favor não se preocupe
Se eu não disser nada
Pois já há muito estou calado
Mesmo tendo uma língua cá dentro

Há muito meu sentir, qual sentir?
Invisível aos teus olhos nus
Há muito estou calado
Cansado de tudo do mesmo!

Há muito meu espírito se desprende
Meu corpo apodrecendo na oxidação
Dirijo meu olhar para o cosmo

Te vejo dormir silenciosamente
Mas não estamos no mesmo lugar
Meu espírito se desprende e volta...     

terça-feira, 12 de junho de 2012

Thaís Martins (caderninhos MOLECO)

Chegou numa sexta-feira 08/06 estes dois caderninhos MOLECO estilizados por  Thais martins                (click pra o blog).
É uma ARTEIRA que tem uma sensibilidade exótica e que vale a pena conferir. Então visitem o blog,
entrem em contato, compartilhem! Se possível façam encomenda desse material ecológico. Eu curti bastante.
E como forma de agradecimento, eu tirei a foto que ilustra esta postagem com um desenho meu ao fundo.
"Acredito e apóio sua arte" David Beat  
 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Zines de Jarlan Félix

Zine "Treze" elaborado por Jarlan Félix com a colaboração de
Matheus A. Quinan e o zine Jajá Félix com desenhos só dele.
Dizer o contentamento que senti ao recebê-los é difícil exprimir.
Então espero que vocês possam dá um sacada no que estou falando                                                           nestes links:
                         http://www.flickr.com/photos/jarlanfelix
                              http://fanzinetreze.tumblr.com/
                                   
                                                           

Livros que estou lendo...


          Dois livros que estou degustando no momento. Um é sobre publicidade o outro
     é sobre as musas que inspiraram canções... pra quem gosta de rock and roll vale a
     pena conferir. O livro " A linguagem das coisas" é um bom livro pra quem quer se
     proteger um pouco da massiva propaganda  que  é  feita  em  torno   de   qualquer
     produto. O autor expõe as artimanhas utilizadas pelos  disigner  para    que    você
     compre mais um produto. E se você parar pra pensar: lendo este texto,   de    uma
     certa forma você esta sendo induzido: consciente ou não, através da exposição que
     estou fazendo do mesmo neste blog. Viu... é assim que funciona.       

Fingir

Ela também usa maquiagem
Mas eu também não sei fingir
Às vezes estou dentro de um olhar
Morrendo em um ensejo solitário!

Às vezes desejei que ela ficasse longe
Assim eu não teria insônia a noite
Mas ela invade meu pensar sem permissão
Fica a noite inteira diante de meus olhos

Chega!... Estou tão cansado de tudo
Estas alucinações não são reais!
Ela jamais deu a mínima pro que sinto.

Se eu gritar agora mesmo, ninguém ouviria?
Se eu disser teu nome de trás pra frente
Se eu soubesse te conquistar, eu faria!!

Instável

Vejo a loucura me sorrindo
Palavras ocultas com escárnio
Frio, medo, angústia, desespero
A vida naufragando no vazio

Não é uma crise existencial
É a falta da existência em plenitude
O gozo por completo sem metades!
Vejo o embrião da dor nutrida

A esperança se enforcando
Com o cadarço da pobreza
A tristeza gritando os pulmões

Já nenhuma lágrima em meu rosto
Nesse inverno, apenas a saudade
A falta do que nunca será...  

Algum pôr-do-sol

As tuas palavras de giletes
Cortaram meus íntimos sentidos
Cuspi o sangue da dor latente
Num brave contato com Dante

O vento transpassou meu corpo
Como se fosse uma bala de revólver
O céu sorriu azul numa manhã de sol!
E o pôr-do-sol lá pela tarde

Me beijou a boca cheia de espasmos
Estou tão lúcido e tão vertigem
Balanço no fino fio da vida

Vacilo nos caminhos mais retos
É tudo reto tudo longo tudo distante
A vida é tudo que nunca pretendo!  

Meu nome é dadaísmo

Não quero nenhum sentido
Entre a tua pele e a minha
Quero ser uma simbiose
Na loucura de nossos corpos

Quero ser perfume dilatado
Nas retinas de teus olhos mortos
De cansaço êxtase plural
Leite químico em tua boca

Te naveguei desenfreado, violento
Amor descabido em espelho quebrado
Narciso chorando a própria beleza

Meu bem não quero nem saber!
Teu nome grito gemido tesão
Tua língua perdida na minha canção!

Doer

Uma dor sem cicatriz
Uma dor cheia de cortes
Os mais profundos do íntimo!
Uma dor canibal/câncer!

Uma dor que sangra
Uma correnteza infinita
Uma dor paranóica/vertigem!
Uma dor de olhos abertos

Uma dor sádica, terrível!
Uma dor que magoa;
Que lacera o corpo pungi a pele

Uma dor sem trégua
Uma dor cheia de raiva!
Uma dor amarga que corrói...    
 

Êxtases!

O teu beijo violento sangrou
Ferindo minhas ideias vadias
Fico manchado com tua pele
Nadando em teu orgasmo!

O teu beijo me violentou
Como quem corta a si mesmo
Bebemos nossos lábios com sabor
Afrodisíaco, maníaca possessão!

Demônios pintados em teu cio
Teu gemido gritando êxtases
Mordidas masoquistas no corpo

Corpo nu selvagem demais
Cavalgadas infinitas na tua flor
Tua boca cheia de prazer/sexo e vórtice!  

Um tanto suicida

Olhos injetados mente dilatada
Queimo meu corpo no frio da madrugada
Não durmo, tenho insônia, escrevo...
Olhei pro céu, tudo morto na noite!

Silêncio gritando em todos os cantos
Cantos fúnebres dos ventos bêbados
Tomo um café, penso poemas nus
Meu pensamento vaga no deserto.

Minha alma dilacera-se no abismo
Das palavras que não consigo ouvir
Visões de túmulo, cemitério, sangue.

Vertigem no meio da noite
meus pensamentos são prostitutas
Sou filho rejeitado no leito!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Anoxia

Seja um subversivo vivo!
Uma metralhadora de versos
Use a palavra como navalha
Corte a cegueira da visão alheia

Respire enquanto há oxigênio
Dê uns passos em alguma direção
A tua língua é pra ser usada
Não pra ficar na boca como enfeite!

Não sou muito dado a conselhos
Mas, faça-se um favor amigo
Seja um subversivo vivo!

Abra a boca use os dentes
Até quando o teu sangue vai rolar
Pra alimentar os vermes desse país?

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Amor Antropofágico

Nosso amor era antropofágico
Eu te mordia os seios com
Língua, dente, boca, saliva!
Eu amava teu corpo nu de orgasmo

Eu amava o teu gemido
Cheio de cio, delírio, vertigem
Eu amava teu sexo exalando suor
E você me mordia a pele, arranhava!

Nosso amor era antropofágico.
Nos alimentávamos de nossos lábios
E agora só sobrou a fala e meu falo...

E agora só lembranças
Pedaços de nossos corpos comidos
Sim! Nosso Amor era antropofágico!

Lamento

Sou Ofélia enlouquecendo
Cantando melancólicas melodias
De mãos dadas com o suicídio
O que não morre o tempo todo?

Olhem a cara sufocada da esperança
Sucumbi tão jovem em pleno verdor
Venha! Diretamente em meus olhos
Reparei bem a flama extinguir-se!

A Natureza me fez homem contristado
E de onde provém este torpor, esta áurea
Pálida? Este gosto acre no meu paladar!

Ó Ofélia! Corpo no lodo
A incipiente loucura atingi a lucidez
Tu queres amar, mas o amor longe está!

Vi visões

Vi Shakespeare em um dilema
Vi Goethe falar sobre suicídio
Vi A personagem de Proust com ciumes
Vi Dorian em um Retrato

Vi Augusto dos Anjos atormentado
Vi Cruz e Sousa tuberculoso
Vi Álvares de Azevedo morrer cedo
Vi Roberto Piva Cuspindo/escarrando

Vi E.Merson falar de Minas
Vi Fernando Pessoal falar de Portugal
Vi Drummond Tropeçando em uma pedra

Vi Baudelaire Blasfemando
Vi Rimbaud Traficando sentidos
Vi visões ultrapoéticas!

Loucura repentina

Ontem cometi uma loucura
Fiquei por duas horas pensando em você
E quando percebi já era muito tarde
Já passava das duas da madrugada!

Cá estava eu com livros em mãos
Mas meu pensamento se perdeu
E fiquei sem saber o que aconteceu
Só que ainda não é Alzheimer.

Olhei para o leito vazio agora
Antes cenas nuas do seu corpo
Me masturbo no desejo da ausência

Que você deixou, sem me avisar!
E agora passado o delírio
Percebo ter ficado muito mais que duas.

Vier o Inverno

Teu sorrir de veludo me fascina
E esse teu corpo de menina
Me fascina me fascina é minha sina
Meu desejo gritando agora

E não me importa o mais
São flores os teus cabelos
E teus lábios por mais querer
Me aquecer no inverno

Que já tá pra chegar.
Meu bem não quero uma desculpa
Quero ter culpa e me manchar

Em teu corpo
    Em teu corpo
                        Em teu corpo!

Dois/um

As folhas começam a cair
A vontade gritando em mim
Te querer em um poema
Baby baby baby  my love!

Faço intrigas com as rimas
Despenteio os versos, bagunço
As estrofes, penso sonetos!
E tudo isso e tudo, tudo!

Meu bem eu já disse pra você.
Sou eu que te grito no silêncio
Lembranças do sexo no leito

Minha língua brincando em sua pele
Meu nariz se afogando em seu cheiro
O cheiro, o sexo em dois corpos um!

J. Gaudard

Onde você mora meu bem?
Mergulhada em cultura
Lendo Baudelaire
Seu nome de Flor e verso

Onde você mora meu bem?
Seu nome é tão poema!
É tão lindo e Francês
Olharei o céu esta noite

E você estará  brilhando
Feito uma Estrela, um Sol
Olharei para os jardins

E você estará Primavera
É tão a vera meu ensejo
Te escrevo um poema, te respeito, Flor!

* poema para uma amiga mergulhada em cultura

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Papoula

Quero beber chá de papoula
Cheirar a Papoula no campo
Tocar o pólen da flor no ar 
Desregrar todos os sentidos!

Quero sentir a fina pele da Papoula
Sentir o teu olor invadindo minhas narinas
Deitar no imenso campo de papoula
Dormir sonhos dentro do céu azul!

Quero pintar Papoulas em teus lábios
E flutuar em noites de estrelas a cintilar
Pairar no ar como uma pluma lenta

Me deleitar nos cabelos da Papoula
Sentir orgasmo com o teu cheiro no ar
E mergulhar em tua fragância, infinito! 

 

Dormindo

Me deixe dormir indefinido
Só quero acordar tempos depois
Muito depois de abrir os olhos
Por favor, me deixe dormir!

Quando o sol se levanta
Ainda estou na cama, na cama
Estou de olhos fechados, dormindo...
Amo minha cama, me deixe ficar!

Depois de um dia difícil de suportar
Apenas quero ficar dormindo
Depois que tiver lido mais uma página

Me deixe ficar na cama, dormindo...
Estou sangrando o tempo todo acordado
Me deixe na cama, me deixe dormindo...

* qualquer semelhança com  a música
 " I'm  Only  Sleeping" dos BEATles
    não será mera coincidência... ouvi demais...
     

Andam dizendo por aí...

Meu amigo você perdeu o tino
Domindo até tarde e vendo a vida passar
Até depois do meio-dia na cama
E teu rosto é cansaço, teu corpo magreza!

Meu amigo vendo a vida passar
Deitado na miséria da existencia
Tudo lhe parece muito, muito fútil!
Em teus olhos só desânimo, só vazio.

Meu amigo, andam dizendo por aí...
Que você pensa e pensa em suicídio
E você morre a cada dia um pouco mais

Meu amigo, você perdeu a mãe
E você também perdeu a esperança
Em tua vida ninguém vai te salvar...  

Golfinho

Nadando como um golfinho
Em teus poéticos olhos azuis
Dentro de um sonho místico
Grudei um poema em teus lábios

Prepare uma dose, não quisera ir
Nunca quis voltar pra casa!
Nunca quis acordar de novo
Agarrei o espelho de um sonho

Mas ele se foi tão depressa!
Prepare outra dose pra mim
Não importa! Temos heroína e cocaína!

Podemos ir milhas e milhas daqui
Poderíamos ser amantes em Berlim
Que droga! Não quis acordar, é tão chato!

* poema sobre drogas pra cisne  

Obsessivo

Te quero o tempo todo!
E você me joga pelos cantos
Aí eu canto um rockzinho
"Vamos morrer sozinhos!"

Você sempre quer um pouco mais
E minha dose está pela metade
Você é uma traficante de meu corpo
Você é criminosamente linda!

Te quero o tempo todo!
Até parece um ato sadomasoquista
E você me tortura me privando

Um pouco da dose que roubou
Ei! Olhe aqui! Não é assim
Não saia! Não roube meu prazer!

* poema pensando na cisne

Atravessar

É tão tarde meus pensamentos
Parece uma prostituda cansada!
Juro que não cortarei os pulsos
"Um revólver em minha cabeça..."

Já vejo meu fantasma por aí
Esperando no rio Estige o barco
Apenas com uma moeda para atravessar
E quando a hora da passagem vier

Direi: Foda-se! Vida de merda!
Estou indo me afogar no lodo
O Éden já está podre há muito!

E quando a hora da passagem vier
Darei uma moeda ao barquereiro
E do teu bandolim pedirei uma última música! 

* rio Estige... pesquise mitologia
http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/mitologia_greco_romana_6.htm

Pss... Silêncio

Silêncio confuso em mim
Silêncio na noite, lua pálida!
Silêncio nos espaços baldios
Silêncio eternal neste momento

Silêncio vagaroso pela noite afora
Silêncio diurno, de manhã bem cedo
Silêncio em mim gritando no íntimo
Silêncio tumular nas ruas e becos

Pss... Silêncio! Com sono letargo
Silêncio cheio de barulho-mudo
Siêncio em qualquer parte de mim

Silêncio é apenas silêncio enfim!
Silêncio de amor na boca alheia
Pss... Silêncio! Silêncio assim...

Uma navalha

Meu amigo tens uma navalha?
É que preciso cortar os cabelos da vida
Já estão longos e caducos
Beijos senis beijam meus pulmões

Juventude! O tempo te violentou
Sangrou e manchou teu corpo
Narciso agonizando "castrofóbico"
No último delírio de algum ópio

Meu amigo, os verdadeiros criminosos
Ainda perambulam soltos por aí como cigarros
Vestido na mais alta moda, cercados de putas!

Meu amigo, vidas miseráveis em todos os cantos
A fedentina da cidade em céu aberto
Meus olhos queimam, o corpo dói, navalhas! 

Um casal

Ele não é Romeu, mas é Roger.
Ela não é Julieta, mas é Geisa.
Há tempos ambos se conhecem
São sementes que germinaram

São flores de linda primavera!
São um casal, um belle par
E eu apenas um "afetado"
E ambos me  conhecem bem.

E quem me dera poder dizer
muito mais do que meras palavras
Eles são Almas tão entrelaçadas!

Ela é doce e borboleta
E eles juntos brilham tanto
São belos, um casal, meus amigos!

* poema para um casal. 

 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Você não precisava saber?...

Zines das três edições

Um aviso: Temos poesia! Estou na #03 edição do zine David Beat com foco em poesia, seja ela: marginal, romântica, brega, nonsense ou et cêtera... Temos! E queremos muito que você faça parte, que compartilhe, que se envolva, que dê espaço para que ela (poesia) entre em sua vida. Você pode entrar em contato com o autor desse blog pelo Email: pennybeat@gmail.com ou através do facebook: David beat (foto do David Bowie com cigarro). Ok?

Como Surgiu o zine David Beat?
             
Surgiu da vontade gritando de dentro de mim de expressar as coisas que até então estavam dormindo no maior revolto, convulsionando meu interior, querendo sair de qualquer forma,  me espancando o âmago... Palavras ignotas querendo se fazer presente através dos lábios esferográficos da caneta; querendo a qualquer custo manchar o papel, ocupar todo e qualquer espaço baldio; fazer dele obra de arte...  E tudo isso, através dessa deusa que tem sobrevivido por séculos, atravessando milênios: apaixonando ou até mesmo causando um certo desconforto, leia-se por exemplo Augusto dos Anjos " Como um fantasma que se refugia/ Na solidão da natureza morta...". Sim, ela e somente ela com suas contradições, simbioses, sentidos figurados, escatológicos, simbólicos, tem alimentado os que estão com fome. Não a fome orgânica que pode ser saciada com qualquer alimento, antes me refiro aqui: a Fome de expressar-se, a fome que somente é saciada com o poema no papel, ali vomitado, escarrado, cuspido com ou sem enfeites; e que desprovida de quaisquer tons de preconceito, revelá-se e expõe sem vergonha de falar  e de dizer a que veio.
What's going  to be then, eh?
É mais ou menos por aí!
Algo que um amigo disse e quero deixar como reflexão:
"Para que server a arte , se não para jogar no mundo externo tudo o que está no interior da mente indecifrável do  seu autor"    ( Matheus A. Quinan)              

                                             Alguns livros e zines para alimentar "my mind".

Parfum

Teus lábios os almejo
Tua boca navegar calmo
E sentir melífluo teu Ser
Como a sinfonia de um perfume

Estou me afeiçoando ao teu rosto
Como quem acaricia flores
Cristais de sol em dia brando,
Sonho a cor de teus olhos, beijo infante!

Tu podes guiar-me ao deleite
Ao desfrute do que em desvelo
O véu de uma distância ainda oculta?

Tu podes guiar-me ao porto-seguro
Donde avistarei na iminência do agora  
Olhos fechados, bocas de flama amante!

Maçã

Ser uma maçã em teus lábios
Ser mordido lento/suave em teus dentes
Escorrer cremoso em tua língua
Sentir teu hálito e frescor

Sentir tua boca roçar meu desejo!
Ser uma maçã/doce de prazer
Ser acariciado pelos teus dentes
Ser molhado pela tua língua

Ser uma maçã mordida
Envolto no veludo que deve ser
Tua boca, tua língua, teus dentes

Ser uma maçã mordida/lenta
Ser uma maçã tocando teus lábios
Com maciez, com calma, com prazer!

Amorfo

Amorfo pra tudo
Amorfo o vazio
Amorfo o sentir
Há mofo por aqui

Amorfo o meu amor
Amorfo minhas palavras
Amorfo no meio do dia
Mofo na noite e de madrugada

Amorfo em pequenas coisas
Amorfo cá dentro de mim
Há mofo nas velharias!

Amorfo em meu prazer
Amorfo pra tudo
Há mofo em tudo!

Língua materna

A língua que  falo
Está dentro da boca
Envolta em saliva
Essa que cospe/escarra!

A língua que falo
É minha língua materna
E já experimentou muito
Corpos nus e sabores diversos

Essa língua que falo
Sem vaidade sem enfeites
Essa língua que chupa

Seios, bocas, peles, orgasmos!
A língua que, falo que tenho
Experimenta orgias com bacantes.  

Meu rádio de vinil

Meu rádio toca de tudo
Músicas ativistas do R.E.M
Músicas gay do The Smiths
Músicas sobre drogas Lou Reed

Músicas blasfemas Jesus and Mary Chain
Músicas pra dançar B'52s
Músicas de pub Dr. Feel Good
Músicas de amor/revolta BEATles

Músicas com glamour David Bowie
Músicas com distorções Sonic Youth
Músicas belas/depressivas Joy Division

Meu rádio toca de tudo!
Músicas Punks do RAMONES
Meu rádio toca música o tempo todo!

Oculto

Ninguém entende o que sentes
Ninguém quer nem saber
De tantos sofrimentos esse é o pior
De ver a vida passar e só passar!

Ninguém sente o o que sentes
No teu olhar não é menos
O pior ainda não passou
O pior ainda está no começo

E o começo é um infinito
Um cosmo sem limite/extenso!
Ninguém quer nem querer

Apenas um breve momento
Só pra olhar de olhos mudos
Um significado exposto aberto/ferida!  

Poema gótico

Vi o rosto da morte
Encarando de frente meu espelho
Corpo disforme, desnutrido, magro!
A vida torturada sadicamente

O tédio por abrir os olhos
E ver sempre a mesma cena
Um dejà vu constante na visão
Mágoas profundas em chagas!

Vejo/sinto tudo como um vício
Neste mês de Maio lembranças
Se aproxima o dia 21, mamãe morreu!

Tantas mortes, amigos perdidos!
Vi o rosto semelhante da morte
Me gritando através do espelho.


 


Toques no corpo

Cheirar a tua pele como vício
Flanar teus lábios calmos
Sentir teu corpo como leito
Dormir em teus cabelos meu nariz

Inocular em tua boca
Algum fruto afrodisíaco!
Ver prazer em teus olhos
Gemendo com minha língua

Roçar minha língua em teus poros
Prender teu fôlego indefinido
Ouvir teu respirar ofegante

Tocar o tremor do orgasmo
Se contorcer nos poucos segundos
Com teu corpo a se descontrolar.  


Percepções

Os teus cabelos negros
As sinfonias do teu perfume
O tom de tua pele macia
Tudo pude sentir hoje.

O batom vermelho nos lábios
Marcando os contornos da boca
O teu corpo pequeno de ninfa
A tua voz preenchendo o ar

Tudo pude sentir hoje!
Ensejando inebriar-me
Em teu hálito e saliva

Ensejando esconder-me
Dentro do negror de teus olhos
Cantar sonatas, embalar teu sonho gótico!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Infinitudes

Corro atrás do vento 
Sensações por dentro 
Doidas pra sair e se libertar 
Um grito: amor te quero mais!


Não é meu egoísmo que te quer 
É meu intimo ensejando teus lábios 
Tua boa nua na minha língua
Teu cheiro doce/mel em flor


É parte do que sou e agora 
Eu corro através do vento 
Tento seus lábios, vejo galáxias 


Quero te engolir num canibalismo 
Morder teu corpo nu e extase
Sermos um mar infindo agora!

Espaços baldios


Os espaços baldios do meu ser
Preenchidos por um vácuo enorme
Um vazio disforme e inefável
Um redemoinho de vertigens

Os espaços baldios de meu ser
Gritam silêncios; vozes mudas
Eu estou inconsciente em sonhos
De uma eternidade secular

Eu choro chuvas infinitas
Eu beijo o ar da manhã
Eu canto sombrias palavras

E nada preenche os espaços
Esses infinitos espaços
Que jorram dentro de mim

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Saudades


Me morde a saudade
Me morde, come meu coração
O sentimento canibal mastiga
Me morde e cospe em palavras

Falas mudas, vozes ausentes
Silêncios vistos a olhos nus!
Me morde a boca os versos
Estrofes-navalhas me cortam!

Me morde essa saudade-faca
Retalha o que há dentro de mim
Me morde o pensamento gritando

Saindo da língua rolando
Desgovernadas palavras-rudes
Me morde o tempo todo essa saudade  

Junkie



Ela injetou pequenas doses de heroína
E seus poros absorveram imagens
Distorcidas explodindo em sua mente
Estava tão eufórica e sorrindo
  
Sim! Ela sorria como um anjo
Exalando cheiro de bebê renascido
Ela estava flutuando por planetas
Indo longe demais, sumindo na órbita!

 Seu corpo e seu glamour exposto
Revelavam sensualidade órgasmica
E mesmo gesto sutis masturbavam-se

  
Ela estava indo longe demais
Pintando seus cabelos, quebrando objetos
Injetando mais uma dose, ficando louca

Lucidez em chagas



Pra quê sirvo se vivo nesta lama?
Nódoa fétida, cuspe de chagas!
Estúpidas reentrâncias que disforme
Que horror meu corpo a quem seduz?

Sou nada! Sou puto encarcerado na angústia
Diva dos mais horrendos desprazeres
Que carcomem meu Ser em plena lucidez
Meu paladar é um salivar de raivas clínicas!

Invivo nesta merda! Malsã está o pensamento
Desse Ser ignoto repelido em sua essência
Sou um vício de tristezas patológicas!

Alegrai-vos, dizem! E vos digo amigos:
Infecundo, estéria é a alegria em mim,
Sou tão improfícuo e tão perto do suicídio!

Espirro


Serei só carcaça dentro do esquife
Apodrecendo a cada festejo de vermes
Minha ossatura não será ornamento
Porém, nela os vermes irão brincar!

Vitalidade me abandona, estou pálido!
As flores de meus anos já são murchas
A vida é uma fatalidade sem escape
E morrer dissipará todo este sofrimento?

Cansado, escasso, estou vazio! Sou hermético!
Estou cada vez mais próximo de um cadáver
Já disse em outro poema que sou anoréxico?

Espirro dores, tormentas que carcomem.
Como posso existir nesse mundo desbotado?
Espirro meu ser... Esvaeço? Morrei só?
                                               (06/04/08)

Corpo pálido


Estou dormindo na tumba de um sonho
Sou uma solidão até que me desperte
Meu corpo está ferido por palavras
Será que sempre estive sangrando?


Meu sorrir não tem esboço algum
A tristeza é cinza e desconfortável
Preciso ir, pois sempre estive perdendo
Ninguém poderia me olhar nos olhos


Só enxergariam a raiz crescente do vazio
Estou preso dentro desse invólucro!
Não poderia me cortar, não seria seguro!


Preciso ir, não estou seguro!
Não é preciso respirar, nada importa!
Tudo é nítido e estarei pálido...

Mother death


Estou aqui e o que vejo me deprime!
Não preciso provar nada, estou cansado!
Olhando ao redor as mesmas coisas
Ontem ficou distante; o sol nasce.

Eu deveria ter ido embora logo
Estou gastando tempo e isso é fútil
Cresci ouvindo coisas tão absurdas
Jamais tive o amor sincero.

Me apaixonei por uma garota
Estou tão distante e continua bem aqui
Sempre em minha mente antes de dormir

Adoraria sonhar, mas se tornou difícil
Todos os sonhos quebrados como um espelho
Sabe, sinto falta de mim e isso dói!

Fim sem retorno


A vida é um veneno mórbido
Te matando lenta e cruelmente!
Só sinto angústia e desespero
Estou completamente vazio!

Não me dê outra merda de sonho!
Estou cansado de ilusões espelho
Realidade crua cegando meus olhos
Percebo isso todos os dias e dói

Como uma faca rasgando as entranhas
Como um martelo em sua cabeça
Viver se tornou um vício que destrói


Alguém deveria ter me alertado!
E você olha pra tudo e todos
E tem certeza de que não há retorno...

Li ter(á)tura

Literatura que dura
expondo a dureza do duro
Dos pés de pedra do menino
Que caminha pelas ruas

Quem atura a dura
Dos preços das passagens?
Roubando cada centavo, no duro!
O capitalismo é um durad/ouro

Enquanto o povo na maior dureza
morre duro de fome de educação
Até quando, até quando, não é pergunta!

É certeza durante tantas
Diariamente ver renovadas ditaduras
E o menino descalço no concreto, duro!

                    Só pra citar Paulo Leminski


Poema amarelo

Cá fico pensando comigo:
Quando o inverno vier
Vento/gelo em teu rosto
Vento/soprando em teu coração

Vento/beijo em teus lábios
Quem irá te aquecer  a pele?
Quem irá desfrutar o teu sorrir?
 Quem irá deleitar em tua boca?

Só sei que sou todo sincero/agora
Tudo, tudo, todo meu ensejo
Embrulhar como presente e

Me senti bem perto de teus olhos
Transfigurado em um poema amarelo
Amarelo/Sol e calmo/suave te aquecer!

Eu que

Eu que não bebo mais
Eu que nunca fumei
Eu que tô sem dinheiro
Eu que ao mesmo... Amo/odeio

Eu que não gosto de religião
Eu que sou ateu por não acreditar
Eu que não pertenço a nada
Eu que cuspo, sangro, canso!

Eu que não tenho nada além
Eu que só tenho essa vida
Eu que não sonho direito

Eu que não tenho nada além
Eu que só tenho poesia
Como esposa de todos os dias!

domingo, 25 de março de 2012

Escrever um poema

Quero escrever um poema
Quero escrever sem dilema
Quero escrever sem rima
Quero escrever uma obra-prima!

Quero escrever um poema
Quero escrever sem pena
Por ferir o papel em branco
Não quero nenhum pranto

Quero escrever um poema
Quero escrever, vale à pena
Quero escrever pra ti pequena!

Quero escrever um poema
Quero escrever um tema
Quero sem rima, sem dilema, poema!
      

Orgasmo

Masturbo meus pensamentos no papel
Verbos de excitação e prazer
Palavras nuas deitadas no branco
Meu sêmen são versos livres

Jorro viris as estrofes, poesia!
Minhas mãos acariciam o corpo-poema
Faço amor-louco com as palavras
Num frêmito, num vórtice alucino!

Ah, prazer! Poesia meu orgasmo
Poesia que gozo todos os dias
Poesia que esporra no branco virginal

Poesia na folha manchando os espaços
Poesia! Meu orgasmo de todos os dias   
Poesia que masturbo, poesia... Que prazer!

Paisagem do cotidiano

Meus olhos comem a paisagem
Minhas retinas absorvem tudo
Até mesmo os grafites
Nos muros em galerias públicas!

Meus olhos comem vorazes
As vitrines de muitas lojas
Das quais não comprarei nada
Divago, meus olhos passeiam

Meus olhos fixam todas essas pessoas
Atravessando as ruas, esperando nos sinais:
Vermelho, amarelo, verde, tumulto de passos.

Todos parecem com muita pressa, pra onde?
Todos concentrados em suas próprias vidas...
E meus olhos continuam comendo as cenas do cotidiano!

Rio de Janeiro

Tô em plena av. Rio Branco!
Atravessando a Presidente Vargas,
Os passos me conduzem até Pedro Lessa
Para de frente a Biblioteca Nacional

Os passos me conduzem neste mapa...
Marechal Floriano, Praça Mauá, Rua do Acre!
De novo avisto a Rio Branco, como é grande!
Agora nas calçadas da Travessa... Barulho de trânsito
   
Tô no Rio de Janeiro! Flanando pela Sete de Setembro
Loja de discos, sebo de livros, transeuntes...
Praça Tiradentes, Rua da Alfândega, comércios!

Meus passos me conduzem para o Passeio
Em um pulo estou na Lapa, mistura de tribos!
No Rio, sou urbano esbarrando nos transeuntes...

Os de lado

Você viu os de lado,
As meninas na prostituição?
Ali! Aquelas bem ali!
Vendendo o corpo pra se drogar.

Você sentiu os de lado,
Pobreza descalça nas ruas?
Nas vielas e becos sujos
Marginais esperando uma vítima!

Você viu os de lado,
Caminhando sem destino
Em silêncio na barulhenta cidade?

Você sentiu os de lado,
Atravessando o sinal malabarismo
Mãos estendidas, pedindo miséria!

Linguagem

Linguagem cheia de fragmentos
Linguagem feita de colagens
Linguagem aleatória, reta
Linguagem urbana, de periferia

Linguagem muda, de sinais
Linguagem visual, cinética
Linguagem formal, poluída
Linguagem auditiva, experimental

Linguagem de poemas, de absurdos
Linguagem comunicativa, estrangeira
Linguagem nua, primitiva, antiga

Linguagem cheia de símbolos
Linguagem baldia, de vagabundos
Linguagem incognoscível, fluida...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Mística Exótica


Minha visão pavoneou-se
Nesta Beleza melíflua
Nos contornos de teu rosto
Uma linda androgenia!

Meu espírito quis evadir-se
E tocar suave/calmo tua pele
De que maciez é o teu veludo?
De que sabor teus lábios rubros?

Minha visão um vórtice lento
Meu espírito mudo/gritando ao teu mistério
Um pedaço da papoula no campo de florais

Vi teu rosto, tua compleição de poema
Vi e fiquei flanando no ar, ensejando
Fundir-me nesta mística Exótica!

Poesia Beat


Que barulho é esse?
Ouço o som da saliva
Saindo da garganta
De algum poeta.

Um escarro raivoso
Na cara do sistema.
Um filho-da-puta,
Esse capitalismo exagerado!

Que barulho é esse?
Disparando como uma “metralha”
Contra o maldito desconforto

Posso sentir o cheiro escorrendo
No sangue dos que lutam...
Dos vagabundos e solitários!